Eduardo Sued - desenhos | Jaqueline Vojta - pinturas | 26. 04. 12 > 25. 05. 12

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Eduardo Sued - desenhos | Jaqueline Vojta - pinturas | 26. 04. 12 > 25. 05. 12

A galeria Mercedes Viegas Arte Contemporânea abre no dia 25 de abril, quarta-feira, a exposição de Eduardo Sued, Desenhos, de 19 às 22h. A mostra reúne cerca de 24 desenhos em pequenos formatos selecionados pela galerista.

 A maioria são desenhos da década de 60, figurativos, com influência Picassiana, e desenhos dos anos 2000, abstratos, de formas geométricas.

Segundo o texto de apresentação da mostra, de Ligia Canongia, “Os desenhos da década de 1960, muitos deles nesta exposição, fazem clara alusão aos anos em que Sued viveu em Paris, quando conheceu o modernismo europeu e assimilou certos princípios cubistas. A abstração desses trabalhos funde-se a uma figuração de verve picassiana, em um emaranhado de formas fragmentadas que perturbam a percepção unívoca da imagem. O artista constrói, já nos desenhos dessa época, uma estrutura mental do espaço, voltado apenas para as relações espaciais e sua distribuição na superfície. Na complexidade dessa trama de linhas e formas, os desenhos mais antigos já prenunciavam seu interesse constante pelos deslocamentos perceptivos e pela descentralização do olhar. [...]Grande parte dos desenhos dos anos 2000 apresenta colagens, que adquirem densidade física aparente e avançam da superfície do papel para o espaço real. Com os recortes e sobreposições de camadas diversas de material, Eduardo Sued tangencia o campo tridimensional que passou a explorar também na pintura, a partir da década de 1990.”

A próxima exposição na Galeria Mercedes Viegas Arte Contemporânea abre dia 25 de abril, 4ª feira, de 19h às 22h, com trabalhos de Jaqueline Vojta.

A mostra reúne seis pinturas inéditas, em grandes formatos; são colagens de tecidos com tinta acrílica e costuras em arame sobre telas.

Sua pintura encontra-se em desenvolvimento num processo construtivo no qual desaparece completamente a tradicional rigidez das imagens geométricas associadas a esse método.

Segundo Jaqueline, seu método é baseado em sua memória familiar. Seu pai era dono de uma fábrica de tecidos com a qual a família era muito envolvida. Sua forma de trabalho consiste em encharcar pedaços de panos que sobraram do espólio da antiga tecelagem, com tinta de cores variadas. Molhados, estes pedaços de pano transformam-se em unidades pictóricas e são postos para secar no ateliê, ou diretamente sobre as telas, formando assim uma colagem. Os tecidos adquirem tons variados de uma mesma cor e ficam ligeiramente enrugados, retorcidos, como tudo o que fica enxuto depois de ser alagado. Em seguida, os retalhos são costurados. No lugar da linha, pedaços de arame que entram no tecido como se fossem uma agulha de crochê. Esses fragmentos buscam-se uns aos outros de modo que um mundo novo possa existir.

Nascida no Rio de Janeiro em 1966, Jaqueline Vojta concluiu o curso de economia na PUC-Rio em 1988. Estudou na Escola de artes Visuais do Parque Lage (EAV) em 1998.

Expôs no Paço Imperial, no Rio de Janeiro, e Paço das Artes, em São Paulo. Entre os anos 2001 e 2006, morou em Nova York, onde concluiu o Mestrado em História da Arte no Hunter College – City University of New York em 2004 e trabalhou no MoMA-PS1 Contemporary Art Center. Nesse período, participou das coletivas Art Link - International Young Art e P(ART)ies em Nova York e da mostra Posição 2004 na EAV, Rio de Janeiro.

De volta ao Brasil, apresentou a individual Tramas, no Centro Cultural da Justiça Federal, em 2007. Participou da exposição Trilhas do Desejo - Rumos Itaú Cultural, em 2009/2010. Apresentou exposição individual no Largo das Artes, Rio de Janeiro, em 2010. Participou da coletiva "Fronteiriços" na Galeria Emma Thomas, São Paulo, em 2011.

 

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